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Defesa de Bolsonaro vai questionar prisão preventiva após pedido de vigília

Moraes determinou que prisão de Bolsonaro deveria ser feita 'com todo respeito' e 'sem algemas' O advogado de Jair Bolsonaro (PL) Paulo Cunha Bueno informou ao...

Defesa de Bolsonaro vai questionar prisão preventiva após pedido de vigília
Defesa de Bolsonaro vai questionar prisão preventiva após pedido de vigília (Foto: Reprodução)

Moraes determinou que prisão de Bolsonaro deveria ser feita 'com todo respeito' e 'sem algemas' O advogado de Jair Bolsonaro (PL) Paulo Cunha Bueno informou ao blog que está a caminho de Brasília, neste sábado (22), e que pretende visitar o ex-presidente na Polícia Federal, onde ele está detido, ainda hoje. A equipe de defesa do ex-presidente pretende questionar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que decretou a prisão preventiva de Bolsonaro após o filho dele, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), convocar uma vigília. Eles argumentam que o direito de reunião e liberdade religiosa é garantido pela Constituição. “A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã de hoje, causa profunda perplexidade, principalmente porque, conforme demonstra a cronologia dos fatos, está calcada em uma vigília de orações”, diz a nota, divulgada mais cedo pela defesa. Os defensores afirmam ainda que Bolsonaro estava em sua residência, usando tornozeleira eletrônica e sob monitoramento policial, o que — segundo eles — afastaria o risco de fuga apontado por Moraes. Convocação para vigília A decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão preventiva cita diretamente uma convocação feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para uma vigília religiosa em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. Segundo Moraes, a convocação tinha potencial para gerar aglomeração com objetivo de “obstruir a fiscalização das medidas cautelares” impostas ao ex-presidente — e, possivelmente, facilitar uma tentativa de fuga. O ministro escreveu que, embora o ato tenha sido apresentado como uma vigília pela saúde de Bolsonaro, "a conduta indica a repetição do modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu", com o uso de manifestações para obter "vantagens pessoais" e "causar tumulto". Ao decretar a prisão preventiva, Moraes também destacou que a tornozeleira de Bolsonaro foi violada por volta de meia-noite deste sábado. Esse ato, segundo ele, "constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho". Infográfico: Bolsonaro é preso preventivamente em Brasília e vai para a superintendência da PF Arte/g1